Postagens populares

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

LEGALISMO CRISTÃO

Essa palavra legalismo me incomodou muito essa semana. O que nos leva a sermos tão legalistas as vezes? Ah, sim...Talvés o fato de que a lei nos asegura direitos inegociáveis e sólidos; Mas será mesmo?
Hoje em dia tudo quanto fazemos em termos de trabalho, família, estudos (entidades educacionais), e relações comerciais, tudo isso tem que estar dentro das leis e registrado em documentos dos quais nos da legalidade de acordo.
Trabalho em uma empresa multinacional de telefônia como call-center, onde todas as ligações e acordos feitos com o cliente lhe dão o direito a gravação e protocolos que ficam a disposição do mesmo para direito de ambas as partes. É engraçado quando os clientes ligam reclamando, eles já estão munidos de números de protocolos e orgãos de proteção ao consumidor que não lhes cabe na boca. Na verdade muitas das vezes eles ligam prontos para brigar e discultir, mas não sabem que mesmo estando errados muitas vezes, a impresa por liberalidade (generosidade) concede aquilo que não lhes é de direito. Isto lembra alguma coisa?

Já fui uma pessoa muito legalista; fazia as coisas conforme tudo o que estava na lei, ou quase tudo.
Quando tratamos da bíblia (as leis de Deus), estamos falando de dois períodos básicos dos quais a lei se revela: 1º) As leis mosaicas (quando a lei tinha que se fazer cumprir a rigor (público) e o 2º) quando Jesus Cristo nos revela a GRAÇA E MISERICÓRDIA; I João 1. 17 "Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo.
O legalismo não é só buscarmos o direito ou que que de fato é correto; isso por si só é muito bom e agradável a Deus, o que não podemos fazer é colocar a lei acima das pessoas; e nisto somos grandes profissionais. Eu vivi muito tempo olhando para a bíblia e para a vida das pessoas e comparando-as sem pudor ou amor aos meus irmãos em Cristo; na verdade eles para mim nem eram considerados irmãos, pasmem.
O legalismo destrói laços, destrói vidas, destrói a própria pessoa legalista, que já não compreende o fato de ser pecador inato e se julga a si mesmo interiormente tornando-se escravo da lei. A lei, repito, é boa, mas deve ser nosso condutor. A graça e a misericórdia é o dom gratuito de Deus que nos faz ser novas criaturas N´Ele sem que tenhamos que trazer sacrifícios de tolo ao Nosso Senhor, mas reconhecer nossos pecados e nos humilhar diante da face de Deus.
A nova lei que Deus instituiu é está: Mateus 22. 34-40, Amar é Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Aceitar as pessoas, ama-las e mostrar a elas o amor de Deus, essa é nossa lei e não regras impostas as pessoas sem qualquer pudor ou carinho pelas vidas que precisam de amor, Romanos 14. 1 " Ora, quanto ao que é fraco na fé, recebei-o, mas não para condená-lo em questões discutíveis ".
Quero muito falar sobre GRAÇA E MISERICÓRDIA no próximo post do blog, por enquanto fica a reflecção.
Graça: Aquilo que não merecemos, mas recebemos de Deus (o favor).
Misericórdia: Aquilo que merecemos receber, mas não recebemos (a punição).
É hora de sair do legalismo e viver-mos mais da graça de Deus.

sábado, 25 de setembro de 2010

Evangélho Fast-Food

No mundo em que vivemos, somos constantemente guiados pelo imediatismo e indisponibilidade de tempo; isso também nas igrejas cristãs evangélicas. Em decorrencia disso, nos tornamos cristãos em busca de um meio mais prático e momentaneo de experimentar o agir e mover de Deus em nossas vidas, e assim trocamos tempo de qualidade com Deus nas coisas mais elementares da vida cristã (refiro-me a oração, devocional da palavra e adoração íntima e sincera), com momentos dominicais de culto onde clamamos fervorosamente pela presença manifesta do Espírito Santo em nosso meio.
Não menospreso momentos dos cultos de celebração e nem mesmo despreso o fato de que o Espírito Santo realmente está em nosso meio nestes momentos, no entanto essa não é a plenitude do evangélho. O que realmente quero dizer é que esse imediatismo da manifestação de Deus muitas vezes não condiz com o modelo bíblico. Vejamos:
A transformação na vida de Paulo, deu início quando Deus fala com ele a caminho de Damasco, Atos 9. 1-20, no entanto Paulo só vai pregar o evangélho após alguns dias andando com os discípulos em Damasco e só anos mais tarde faz sua primeira viajem misionária; isso mostra que holve uma preparação e uma mudança gradual na vida de Paulo. haviam coisas que ele não sabia e deveria aprender antes que fosse pregar as multidões. Outro aspecto é quanto aos discípulos de Jesus Cristo, que só sairam de dois em dois para evangelizar após terem passado por alguns meses de treinamento e orientação com o seu discipulador.
Quarenta anos se passaram para que o povo entrasse na terra de Canaã; E para que? Havia algo para Deus mudar neles, e era gradual.
Alguns sintomas são frequentemente vistos nos evangélhos fast-food, mas talvés o pior deles seja a discriminação para com as pessoas que estão caminhando para o processo de mudança. Essas novas criaturas, nascidas do Espírito, além de ter que suportar acusações do nosso adversário, ainda sofrem demasiada cobrança por nós (bons e vélhos crentes) por "ainda" não terem sido moldadas ao cristianismo.
Na semana passada levei ao meu grupo de reunião caseira para estudo da bíblia, um jovens amigo de trabalho que passei a discipular em nossos momentos de intervalo para lanche. Esse amigo tem buscado conhecer a Cristo e ter sua vida transformada pela palavra de Deus.
Esse amigo pareceu se preocupar sobre o dilema de que agora teria que escolher entre Deus e algo que seria a ele muito dificil de deixar. Tenho trabalhado com ele a misericórdia de Deus e que as pessoas não vão cobrar dele que sua vida seja rapidamente mudada, mas que o próprio Espírito Santo que já habita em sua vida o conduziria em amor para as práticas do evangélho. Meu amigo e o grupo familiar entenderam que a mudança não é instantanea mas gradual, e que se isso acontecesse de forma forçosa ele desistiria da fé, por ter de fazer uma difícil opção.
Em Romanos 12.2 "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Paulo sugere que somos transformados quando nossa mentalidade é renovada. Isso é um processo gradual e não um fast-food barato que nos é vendido.
Quando entendermos a importância da meditação bíblica, oração e discipulado, então teremos menor dificuldade em sermos transformados por Deus, pois nossa mente será configurada novamente por Ele.